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Maternidade e homossexualidade: entre gerar, parir e cuidar


Maternagem é sinônimo de ser boa mãe e isso não significa que isso precisa acontecer da maneira tradicional


O sonho de ser mãe acompanha muitas mulheres, independentemente da orientação sexual, mas para as mulheres homossexuais isso é um pouco mais burocrático, porém tão possível e cheio de recompensar quanto a gravidez tradicional por via sexual.


As possibilidades para a homoparentalidade feminina são muitas: fertilização in vitro por doação direta de esperma (por meio de um homem conhecido, geralmente, o que pode ser considerado coparentalidade, quando o homem participa da vida da criança, mesmo sem ser o parceiro da mãe) ou banco de esperma; uso do óvulo fertilizado de uma das mães inserido para gestação na outra mãe e, é claro, adoção.


Maternagem LGBT

A maternagem é o ato de cuidar como uma boa mãe e nos casais de mulheres homossexuais costuma competir às duas mães – mesmo que ainda haja alguns impeditivos burocráticos para que isso aconteça.


Infelizmente, a licença-maternidade para a mãe não-gestante de um casal homossexual não é obrigatória no Brasil e a quantidade de dias (quando acontece) depende da opinião do juiz que julgar o processo, apesar de não ser nenhuma novidade.


Mas a maternidade compartilhada por duas mães tem outras compensações, como o fato de as duas poderem amamentar a criança com tratamentos especiais para que a mãe que não gestou a criança possa produzir leite e ter essa experiência.


A possibilidade de escolhas sobre quem gesta e os cuidados de duas mães trazem uma dinâmica diferente para a família, certamente. Mas a maternagem – de ambos os lados, também é uma construção social e pode ser aprendida. Sim, aprendida! Ninguém nasce mãe, não é mesmo? Nem mesmo a gravidez faz com que uma mãe magicamente seja tirada da cartola.


Pré-natal: como é no caso da reprodução assistida

Para os que se perguntam se existe alguma diferença entre pré-natal de métodos reprodutivos como a fertilização in vitro e a reprodução tradicional sexual. A resposta é não. Uma vez que existe a concepção do feto, ou seja, que o óvulo fertilizado já está lá implantado e bonitinho dentro do útero.


A única diferença está no modelo heteronormativo que ainda permeia algumas clínicas e hospitais quando se trata de ginecologia, em termos de tratamento e organização e que pode tornar o processo mais difícil e estressante para mães homossexuais com uma parceira ou para mães solo. Por isso uma das prioridades aqui na clínica é o tratamento individualizado, para que esse momento tão especial não seja manchado com desconfortos desnecessários.


Portanto, a escolha de concepção é da mãe – nós estamos aqui apenas para apoiar, orientar, acolher e cuidar para que tudo aconteça da maneira mais bonita e segura. E é isso o que se deve esperar de qualquer profissional de saúde, nada menos do que isso.


O que é coparentalidade?

Outra opção de maternidade é a coparentalidade, em que os laços de família não são realizados entre um casal. É como dois amigos que decidem ter um filho, mas não têm um relacionamento.


Maternar com filhos biológicos ou adotados

O suporte às novas mães é importantíssimo em qualquer caso, seja ela uma mãe biológica, uma mãe homossexual não-gestante ou uma mãe adotante na construção desse maternar. Existem mudanças sociais no corpo dessa família, mudanças físicas na mãe gestante e definitivamente mudanças psicológicas em toda a dinâmica do grupo. Em qualquer contexto, uma rede de apoio é essencial para que os ajustes sejam o mais suave e simples possível.


O que NUNCA dizer ou perguntar para mães homossexuais

Se você chegou até aqui e não é uma mulher homossexual querendo ter um filho, mas só alguém que quer se informar, listamos aqui algumas perguntas que você pode nunca fazer quando encontrar uma mamãe lésbica ou um casal de mães.


1. Mas quem é o pai da criança?

A menos que você tenha muita intimidade para falar sobre o método de fertilização, não faça essa pergunta incômoda e muitas vezes não tão simples de ser respondida – isso muitas vezes é irrelevante, como no caso de mães que buscam banco de esperma.


2. Na família de vocês quem é o pai e quem é a mãe?

Quando se trata de duas mulheres cisgênero e homossexuais, ninguém é o pai. Há duas mães. Duas mulheres. Ninguém brinca de ser o homem porque em um casal homossexual esse elemento não é necessário afetivamente.


3. Você não acha que a criança vai ficar confusa?

Mais uma vez, esse tipo de palpite não deve ser dado em nenhum caso para nenhuma mãe. A criação de seus filhos é critério apenas de quem os cria.


Afinal, respeito e noção são como canja de galinha, bons para a saúde e sem contraindicação.



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