Existem vários tipos de anticoncepcional que ajudam a proteger contra uma gravidez na adolescência ou na vida adulta, conheça melhor todos eles
Você conhece todos os tipos de anticoncepcional que existem disponíveis? Muito além da pílula e da camisinha, existem outras maneiras de prevenir a gravidez indesejada em qualquer idade.
E para te ajudar a escolher o que melhor se adapta ao seu corpo, à sua saúde e seu estilo de vida, a gente fala um pouquinho sobre todos os tipos de anticoncepcional disponíveis no Brasil.
Camisinha: proteção contra ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e gravidez na adolescência
Existem muitas maneiras de evitar a gravidez, mas a camisinha – que é eficiente em 98% das vezes – é a única que também protege contra as doenças sexualmente transmissíveis, popularmente conhecidas como ISTs, que podem levar de uma coceirinha ao câncer cervical e até à morte.
As ISTs mais comuns são:
AIDS/HIV – o vírus do HIV causa a síndrome da imunodeficiência adquirida, a AIDS, que acaba com a imunidade e enfraquece o organismo, o que facilita a proliferação e evolução de infecções. Vale lembrar que a AIDS não tem cura.
Herpes – sabe aquele herpes que sai na boca às vezes, quando a imunidade abaixa? É o papiloma vírus, o mesmo que causa a herpes genital. O herpes, aliás, é a DST mais comum no mundo todo e pode ser transmitido sexualmente ou por contato da pele com a área infectada em outra pessoa.
Gonorréia – a gonorréia também é uma doença bastante comum, pode afetar pênis, vagina e, por incrível que pareça, até os olhos. É tratada com antibióticos.
Sífilis – essa é uma doença traiçoeira, quase sem sintomas, mas é tão séria que pode causar danos severos aos nervos, órgãos internos e até mesmo ao cérebro. Aliás, existem alguma teorias que afirmam que a sífilis seria uma das causas da loucura de Adolph Hitler. Mas, felizmente, quando descoberta nos estágios iniciais, tem cura.
Hepatite B e C – as hepatites B e C podem ser transmitidas por meio do sexo sem camisinha e também de mãe para filho no parto ou amamentação, transfusão de sangue e contato com objetos que perfuram ou cortam contaminados.
Camisinha feminina
Para quem tem alergia ao látex da camisinha ou não quer quebrar o clima do momento colocando a camisinha, é possível recorrer à camisinha feminina, que pode ser colocada até oito horas antes da relação sexual. Mas não é recomendável usar as duas camisinhas juntas, feminina e masculina. O atrito pode fazer com que uma das duas (ou as duas) sejam rasgadas.
Pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional tem 99% de eficácia na prevenção da gravidez quando tomada corretamente: ou seja, com os intervalos adequados e nos horários certos. Existem vários tipos de pílulas anticoncepcionais.
As pílulas agem “enganando” o corpo, que liberam substâncias que inibem a ovulação. Mas essas pílulas são medicamentos, então você não pode sair por aí tomando porque achou a caixinha bonitinha. Conte com a sua gineco para isso, afinal, existem efeitos colaterais.
DIU de cobre
O DIU (dispositivo intra-uterino) de cobre é uma pecinha que é encaixada no interior do útero, bem pequenininha, e cria uma reação inflamatória no muco cervical (camada que reveste o útero), fazendo com que o ambiente se torne hostil para a sobrevivência do espermatozoide.
É um método não hormonal e que costuma ser bastante seguro. Além disso, você não precisa se preocupar com ele por até 10 anos, basta checar periodicamente se está no lugar certo. O risco de gravidez é de apenas 0,2%.
É importante frisar que o DIU é um método preventivo da gravidez e não um abortivo.
DIU hormonal
O DIU hormonal é parecido, mas feito de plástico e sua função é liberar substâncias hormonais, como as da pílula, gradativamente, mas em vez de isso acontecer pela boca, essas substâncias são liberadas diretamente no útero. Interessante, não é mesmo?
Mas, como todos os métodos contraceptivos hormonais, também pode ter os efeitos colaterais de uma medicação.
Diafragma
O diafragma é uma película que envolve um anel e deve ser posicionado no colo do útero (isso pode ser difícil no começo, mas com prática fica bem fácil). O diafragma deve ser colocado de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e removido 12 horas depois. E não se esqueça de lavar muuuuuuito bem as mãos antes de colocar.
Ah, o diafragma não têm hormônio nenhum, ou seja, é um contraceptivo de barreira, como as camisinhas masculina e feminina. E é reutilizável , basta lavar bem e usar na próxima. Sua chance de falha é de cerca de 10%, por isso é recomendado o uso com algum gel espermicida.
Qual é o melhor anticoncepcional para cada idade?
Métodos anticoncepcionais como o DIU e o diafragma não são recomendados para quem ainda não perdeu a virgindade. Portanto, um método que deve ser SEMPRE usado por adolescentes é a camisinha, que previne de doenças, mesmo que combinado com algum outro, como a pílula.
Além disso, para muitas meninas no início da vida reprodutiva, a pílula pode ajudar a reverter quadros comuns de pós-puberdade, como o ovário policístico, que muitas meninas têm (não é a síndrome do ovário policístico – esses cistos da puberdade costumam desaparecer com o tempo).
Quais são os efeitos colaterais do anticoncepcional?
A camisinha e o diafragma não têm efeito colateral nenhum, a não quer que a pessoa seja alérgica ao látex, mas existem opções feitas de outros materiais.
Os anticoncepcionais hormonais, como a pílula e o DIU hormonal, podem, sim, causar reações adversas ao corpo, afinal, hormônios artificiais reagem com os hormônios que o nosso corpo já produz e isso pode gerar efeitos pouco desejados, de enxaquecas a varizes.
O DIU de cobre não tem efeito colateral se estiver no lugar, mas caso saia do lugar, pode causar desconfortos e até perfuração do útero.
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