A menopausa traz mudanças, como a lubrificação feminina que pode ficar prejudicada. Tratamentos naturais, reposição hormonal e até cirurgia íntima podem ajudar
Mulheres que passam pela menopausa sabem como esse período pode mudar muita coisa no dia-a-dia e no corpo. O calor aumenta, o humor pode sofrer alterações, muitas vezes existe muita fadiga envolvida. A libido diminui, o peso aumenta e o calor continua.
A menopausa não requer tratamento médico, mesmo porque não é uma doença, é apenas um período de transição. Em vez disso, os tratamentos se concentram em aliviar seus sinais e sintomas e em prevenir ou gerenciar condições crônicas que podem ocorrer com o passar do tempo e a perda da fertilidade feminina.
Os tratamentos para sintomas e algum mal estar vindos da menopausa podem incluir:
Terapia hormonal – a terapia com estrogênio é a opção de tratamento mais eficaz para aliviar as ondas de calor trazidas pela menopausa. E apesar da má fama, é um tipo de tratamento bastante seguro, embora muita gente insista em associá-la ao câncer de mama. Mas precisa de acompanhamento e tem um tempo certo de duração.
Estrogênio vaginal – para aliviar a secura vaginal, o estrogênio pode ser administrado diretamente na vagina usando um creme vaginal, comprimido ou anel. Este tratamento libera apenas uma pequena quantidade de estrogênio, que é absorvido pelos tecidos vaginais. Esse tratamento pode ajudar a aliviar a secura vaginal, desconforto durante a relação sexual e problemas urinários.
Antidepressivos em baixas doses – certos antidepressivos relacionados à classe de medicamentos chamados inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) podem diminuir as ondas de calor na menopausa. Um antidepressivo em dose baixa para o tratamento de ondas de calor pode ser útil para mulheres que não podem tomar estrogênio por motivos de saúde ou para mulheres que precisam de um antidepressivo para distúrbios de humor.
Medicamentos para prevenir ou tratar a osteoporose – seu médico pode recomendar medicamentos para prevenir ou tratar a osteoporose, que ajudam a reduzir a perda óssea e o risco de fraturas. Também pode prescrever suplementos de vitamina D para ajudar a fortalecer os ossos.
Remédio natural para menopausa pode funcionar?
Existem algumas maneiras de melhorar os sintomas da menopausa, como:
Consumir alimentos ricos em fitoestrogênios, como cereais, frutas como maçã e romã, óleos de soja e girassol.
Consumir alimentos ricos em vitamina D, como sardinha, atum, gema de ovo, queijos e fígado.
Tomar sol em horários seguros para que a vitamina D seja metabolizada.
Consumir alimentos ricos em cálcio, como derivados de leite, por exemplo, queijos e iogurtes.
Beber bastante água.
Praticar exercícios físicos com regularidade.
Manter um peso saudável, evitar a obesidade.
Evitar comidas que podem desencadear ondas de calor, como álcool, cafeína, muito açúcar ou alimentos apimentados.
Consumir alimentos ricos em proteínas.
Cirurgia íntima para rejuvenescimento da vagina
As alterações pelas quais o corpo passa durante a menopausa afetam muito a região da vagina, por isso algumas mulheres escolhem realizar um tratamento mais radical do que a reposição hormonal injetável, oral ou vaginal: a cirurgia íntima.
Isso porque uma das causas do desconforto sexual é a atrofia vaginal, também chamada de vaginite atrófica, que pode ser tratada com medicações, cremes, laser e por meios cirúrgicos.
Como qualquer cirurgia, oferece riscos, embora seja um procedimento bastante simples que deve ser realizado por um médico, ginecologista ou cirurgião plástico, capacitado para tal procedimento.
Lubrificação feminina e menopausa
A menopausa pode causar a atrofia da vagina e diminuir a lubrificação da região. Como já citado anteriormente, existem diversos tratamentos medicamentosos e hormonais para esses dois problemas, mas existe também uma solução muito mais simples para isso: fazer sexo com regularidade. A prática sexual ajuda a aumentar a lubrificação da vagina e manter a elasticidade do tecido vaginal. E quanto mais sexo você fizer, mais lubrificação e elasticidade sua vagina terá.
Isso acontece porque a atividade sexual ajuda a manter um epitélio vaginal saudável (as células que revestem as paredes vaginais), aumenta a elasticidade vaginal e melhora a lubrificação em resposta à excitação sexual. Também ajuda a manter a vagina mais ácida, fornecendo alguma proteção contra infecções.
E esses benefícios não têm nada a ver com os níveis de estrogênio; eles são resultados do aumento do fluxo sanguíneo para a vagina e possivelmente de níveis mais altos de andrógenos e outros hormônios. Mulheres que são sexualmente ativas com um parceiro ou por masturbação relatam menos sintomas de vaginite atrófica e têm menos evidências de atrofia tecidual, em comparação a outras mulheres que não são sexualmente ativas.
Os sinais de atrofia vaginal incluem um epitélio vaginal pálido, liso ou brilhante, estreitamento e encurtamento da vagina, perda de elasticidade vaginal, secura na entrada da vagina, perda de gordura labial, que pode dar aos lábios externos (grandes lábios) uma aparência pendular e pelos pubianos esparsos.
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