Mastologia e o tratamento do câncer de mama: saiba mais

Atualizado: 21 de set de 2019

Entenda melhor os tratamentos para câncer de mama e como funciona a área da mastologia, responsável pelo estudo e tratamento das mamas

A mastologia é o ramo da medicina que estuda as glândulas mamárias. Uma das doenças tratadas com mais frequência pelo campo da mastologia é o câncer de mama. Geralmente o encaminhamento ao mastologista é feito pelo ginecologista, após algum diagnóstico suspeito para o câncer de mama.

O foco principal da mastologia é a prevenção e diagnóstico precoce de nódulos e tumores que podem se desenvolver e tornar-se câncer de mama. Ao adiantar-se, as chances de sucesso do tratamento aumentam consideravelmente.

Câncer de mama: tratamento e diagnóstico

O câncer de mama pode ser encontrado por meio do autoexame da mama, mas o diagnóstico final é realizado por meio de exames como mamografia, ultrassonografia mamária ou biópsia. Quanto antes for diagnosticado, mais chances de cura haverá.

O diagnóstico de câncer de mama não é uma sentença de morte, precisamos deixar isso muito claro. Aliás, as chances de cura são de até 95%, ou seja, a chance de dar certo é muito maior do que de dar errado.

Os tratamentos para o câncer de mama podem ser diversos:

  • Quimioterapia injetável ou oral;

  • Radioterapia, ou seja, uso de radiação local para combater as células tumorais;

  • Terapia hormonal oral ou injetável;

  • Terapia alvo com medicamentos que bloqueiam o crescimento e ação das células cancerígenas;

  • Cirurgia para retirada do tumor, com parte do tecido mamário, ou quadrante;

  • Mastectomia, ou seja, retirada total das glândulas mamárias, unilateral (de um só lado) ou bilateral (das duas mamas).

O tipo de tratamento para o câncer de mama a ser seguido depende do tipo de câncer detectado. Esses tipos podem ser:

  • Câncer de mama invasivo (Estágios I a IV)

  • Carcinoma ductal in situ

  • Carcinoma lobular in situ

  • Câncer de mama inflamatório

  • Câncer de mama durante a gravidez

A denominação in situ é dada a tipos de neoplasias em fase inicial, algo como um pré-carcinoma. Ou seja, um tumor com características de malignidade, mas que não invadem a membrana basal subepitelial, não atinge veias e tecidos linfáticos, não resulta em metástases.

Quadrantectomia e mastectomia

A quadrantectomia é uma cirurgia para remover o câncer e alguns tecidos ao seu redor, mas não a mama. Alguns linfonodos sob o braço podem ser removidos para a realização de biópsia. Parte do revestimento da parede torácica também pode ser removida se o câncer estiver próximo.

Já a mastectomia é a cirurgia para a retirada de todo a glândula mamária e pode ser unilateral ou bilateral. É recomendada em casos de tumores mais invasivos e maiores. A mastectomia total é a retirada completa das mamas e linfonodos.

A mastectomia total é percebida por muitas mulheres como uma mutilação (embora não deixe de ser), mas não é um estado permanente. Hoje em dia existem recursos excelentes de cirurgias de reconstrução mamária, oncoplastia, na maioria das vezes. Existe até mesmo a possibilidade de retirada da mama e colocação da prótese na mesma cirurgia.

Toda paciente tem por lei garantido o direito de reconstrução da mama no SUS e por meio de seu convênio. Especialmente no caso de mastectomia unilateral, em que a simetrização da outra mama é mais do que uma questão estética, é uma maneira de evitar problemas de coluna, por exemplo.

Tratamento de câncer e autoestima

Após uma mastectomia ou tratamento quimioterápico que pode fazer com que os cabelos caiam, é bem difícil manter a autoestima intacta. Afinal, seios e cabelos são dois símbolos universais de feminilidade.

Fazer um acompanhamento psicológico pode ajudar a enfrentar esse período. Felizmente, hoje em dia existem inúmeros centros de apoio ao paciente com câncer, lugares que oferecem suporte multidisciplinar, com profissionais qualificados a ajudar pacientes oncológicos e dezenas de outras pessoas com experiências similares e que podem fazer parte de uma rede de apoio – e isso é extremamente importante.

Além disso, permita-se ter um tempo de ajuste a essa nova imagem, ainda que seja temporária. Estranhar-se é normal, mas voltar a se reconhecer é um processo importante para começar a cura emocional , afinal, o câncer não afeta apenas o corpo, afeta a alma.

Tente manter-se saudável e ativa enquanto trata o câncer. Isso ajudará não apenas o seu humor, mas terá um papel importante no processo de cura da doença. E conte com o apoio das pessoas queridas, sejam eles um companheiro ou companheira, filhos, amigos e família.